E então você está em alto mar, seu barco está furado, tem muita água entrando e a solução que você encontra é retirar a água de potinho em potinho ao invés de fechar (consertar) o buraco. Parece insano, não?
É assim que muita gente cuida da sua saúde.
Está em meio a muito estresse, picos de ansiedade, se alimentando mal, dormindo mal, sedentário e quando um problema acontece, seja uma dor de cabeça, refluxo, dor de estômago, alergias… toma um comprimidinho que já passa. Daqui 6-8 horas toma outro e assim passa pela vida até um dia afundar.
COMO A EPIGENÉTICA PODE SALVAR A SUA VIDA
Muita gente acredita que por ter pais diabéticos, avós diabéticos, bisavós diabéticos é normal que também tenha diabetes. Tendo a genética da sua família como sentença. E se dentro da sua família tem casos de câncer, logo você também terá câncer? Será?
Por muitos anos, acreditava-se que os genes (informações contidas no nosso DNA) eram os únicos responsáveis por passar as características biológicas de uma geração à outra.
Esse conceito tem mudado e hoje os cientistas sabem que variações não genéticas (chamadas epigenéticas) adquiridas durante a vida de um organismo podem SIM frequentemente ser passadas aos seus descendentes.
Todas as células do seu cérebro possuem os genes também presentes nas células do seu dedão do pé, mas apenas uma pequena fração se expressa, ou seja, a capacidade de sintetizar proteínas específicas de neurônios ou de unhas é determinada por uma regulação interna altamente responsivo a fatores ambientais.
Lesões específicas do cérebro causam alterações específicas do comportamento, mas não impactam na formação da unha, por exemplo.
Assim como alterações específicas do comportamento originam alterações funcionais cerebrais características.
O que é Epigenética?
Epigenética é definida como modificações do genoma que são herdadas pelas próximas gerações, mas que não alteram a sequência do DNA.
Você tem um material genético que guarda a receita de todas as informações do seu corpo, mas a epigenética diz que as informações do ambiente em que você vive podem modular (alterar, ativar ou desativar) a expressão de cada uma dessas informações podendo isso ser prejudicial ou protetor dependendo da informação ambiental que você estiver dando para o seu corpo.
Ou seja, segundo a epigenética, o que você faz no seu dia-a-dia tem mais influência em você do que sua própria genética. E isso nos deixa com uma pergunta:
O que você tem feito para cuidar do seu DNA?
Se você não soube responder, está na hora de mudar alguns hábitos!
Fatores externos como alimentação, atividade física e sua saúde mental influenciam nos telômeros e os telômeros são estruturas que guardam nosso DNA. De acordo com a bióloga americana Elizabeth Blackburn, ganhadora do prêmio Nobel de Medicina em 2009, pessoas estressadas e despreocupadas com alimentação e exercícios possuem mais chances de ficar com telômeros curtos. E quanto mais curtos os seus telômeros, menos saúde e longevidade você terá.
Quando as extremidades do seu DNA estão comprometidas, as células não se renovam e a qualidade de vida diminui. Elizabeth, que também é professora na Universidade da Califórnia, em San Francisco, nos Estados Unidos, aponta também ansiedade e depressão como fatores que comprimem os telômeros.
Esse conceito está no livro “O segredo está nos telômeros” e reflete nosso posicionamento. Independente da informação do DNA, o ambiente será como um gatilho para ativar ou desativar essa informação genética.
E como a Epigenética pode salvar sua vida?
Quero deixar aqui 3 passos iniciais de como a epigenética pode salvar sua vida.
Passo #1 Seu ambiente
Se seu ambiente é maior que seu código genético, comece mudando seu ambiente.
Passo #2 Suas prioridades
Na verdade, prioridade é uma palavra que não tem plural mas vou dar uma colher de chá pra você desta vez.
Passo #3 Seu médico de confiança
Que ofereça uma abordagem integral e que te ajude a atuar na causa.
E ai? O que está faltando para você ser maior que sua genética?
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